Todos nós, seres humanos, nascemos com a incrível capacidade de escrever a nossa própria história. Cada um, em sua mente, possui um mapa que define o que somos e até onde vamos. Esse mapa mental, responde pelo nome de mindset, termo, por sinal, muito utilizado na atualidade, cuja origem etimológica vem do inglês e significa, mais ou menos programação ou configuração da mente.
Desse modo, coloca em sua cabeça que vai ser médico, será médico, quem decide firmemente que vai ser rico será rico, mas quem nasce sem muita pretensão ou não coloca em sua cabeça um objetivo definido, em outras palavras, quem não tem e nem elabora um mindset definido, geralmente fracassa na sua caminhada.
Mindset seria, grosso modo, a lente com a qual se vê o mundo, o modo de pensar de cada um, alguma coisa da qual “dependeria, quase que exclusivamente, todos os nossos resultados”, conforme diz a Master Practitioner em Programação Neolinguística, Natália Metring (2016).
Apesar de ser um termo contemporâneo, na verdade, o conceito do que hoje entendemos por mindset, já era trabalhado na literatura no início do século passado, quando o escritor americano Napoleon Hill[3], depois de fazer uma pesquisa de duas décadas com cerca de 16 mil pessoas de sucesso, publicou seu best seller, a Lei do Triunfo[4] (1928). Anos mais tarde, outra importante contribuição deste autor para a construção do atual conceito de mindset, veio em 1937 com a publicação Quem pensa enriquece, obra na qual fica clara a forma como os resultados alcançados dependem da mente.
Na verdade, a bem de um correto resgate histórico, mindset é um conceito que teria talvez a sua gênese, num momento bem anterior, mais precisamente na segunda metade do século XVIII, quando se viu um exemplo singular de master mind (mente mestra), ocasião em que aquele grupo de 56 visionários, liderados por George Washington e focados firmemente nos ideais da liberdade e das oportunidades, fundaram o que hoje é a mais poderosa nação do planeta, os Estados Unidos da América.
Não se pode, também, em meio a esta vasta literatura desenvolvida acerca de mindset, deixar de destacar a contribuição de Anthony Robbins que, com sua obra O poder sem limites, revelou suas “principais técnicas para o sucesso baseadas no autoconhecimento e na ação”. Para Robbins (1986) “todos são capazes de fazer, ter e ser exatamente o que quiserem”, desde que programem suas mentes para tal, ou seja, desde que se tenha um mindset adequado, um mapa mental que mostre o caminho para chegar aonde se deseja. E este autor ainda acrescenta: “O mundo em que vivemos é o mundo que escolhemos para viver, quer consciente ou inconscientemente. Se escolhermos felicidade, é o que teremos. Se escolhermos miséria, assim será também” (Robbins, 1986).
Mais recentemente, o importante trabalho da Professora de psicologia na Universidade Stanford e especialista internacional em sucesso e motivação, Carol Dweck, cujo título é Mindset: a nova psicologia do sucesso, tem sido bastante estudado, discutido e aplicado nos ambientes universitários e empresariais, bem como nos processos de coaching pelo mundo a fora.
Segundo Dweck (2006):
Existem dois tipos fundamentais de atitudes mentais: a fixa e a progressiva. Os que têm a primeira acreditam que o talento e as capacidades são definidos com o nascimento e não se alteram ao longo da vida. Este é o caminho para a estagnação e a desmotivação. Por outro lado, os que têm uma atitude mental progressiva acreditam que o talento pode ser desenvolvido, com tempo e persistência. Este é o caminho da oportunidade — e do sucesso.
Ao longo de toda sua obra, a exemplo do que se vê na citação acima, a autora mostra que não há pessoas dotadas de inteligência ou talento natural, e, portanto, aptas ao sucesso, enquanto outras dotadas de menos atributos, estariam fadadas ao fracasso; em outras palavras, toda sua elaboração teórica mostra que o sucesso depende da forma como se vê o mundo e da forma como se lida com seus próprios objetivos.
Infere-se, dessa abordagem, que o mindset seria a explicação para o fato de, muitas vezes, presenciar-se duas pessoas manifestarem opiniões diametralmente opostas acerca de um mesmo fato, situação ou fenômeno, o que revela que o modelo mental de cada um seria configurado pelos valores e crenças individuais. Mas observa-se, também, nas formulações de Hill, Robbins e Dweck, só para citar os três aludidos neste artigo, que a necessária mudança de mindset para quem tem uma atitude mental fixa é a única saída para evitar o fracasso e caminhar para o êxito. Seria, neste caso, eliminar as crenças limitantes[5] e a autossabotagem[6] de que fala Clailton Luiz (2017) no módulo Life Coach do projeto Impulsão Profissional da Line Coaching.
Em última análise, considera-se que a mente, diante do exposto, pode ser considerada a maior riqueza que se tem, que ela pode agir a nosso favor ou contra nós (ADOLPHO, 2018). Mas, a boa notícia é que a mente pode ser mudada e controlada e, deste modo, se pode fazer uso de todo o potencial oculto que está nela. Uma palestra, por exemplo, como instrumento que mobiliza os esquemas mentais, pode muito bem, dentro de uma visão sistêmica, ser uma importante ferramenta para a mudança de mindset em um processo de coaching
Em suma, somos o que pensamos ser, pois nossa mente é um poder sem limites. Nosso progresso, seja no plano pessoal, profissional ou empresarial, será do tamanho do nosso mindset. Mas, a boa notícia é que ninguém nasce predisposto naturalmente para o sucesso ou para o fracasso, pois nosso mapa mental pode redesenhado por atitudes e comportamentos.
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Até breve!
REFERÊNCIAS
ADOLFO Conrado. O que é mindset. http://www.conrado.com.br/o-que-e-mindset/. Acesso online em: 04 de agosto de 2018.
CAROL Dweck. Mindset: a nova psicologia do sucesso. Objetiva 2017. http://www.livrosdemarketing.com.br/administracao/mindset-carol-dweck/. (resumo do livro) https://www.resumocast.com.br/101-mindset/ (palestra da Line sobre mindset)
HILL, Napoleon. Quem pensa enriquece. Fundamento Educacional Ltda. São Paulo: 2009
ROBBINS, Anthony. Poder sem limites. 39.ed. Best Seller. São Paulo: 1987
[1] Artigo produzido para a divulgação da Palestra “DE ONDE VIM E PRA ONDE VOU”: uma palestra sobre nosso destino e a nossa missão.
[2] Mestre em Linguística, Professor universitário, Palestrante Coach com MBA, Life Coach, Especialista em Língua Portuguesa, Leitura e Produção de Textos, Especialista em Metodologia e Docência do Ensino Superior e graduação superior em Letras.
[3] Napoleon Hill foi um escritor estadunidense influente na área de realização pessoal. Ele foi assessor de Woodrow Wilson e Franklin Delano Roosevelt, presidentes dos Estados Unidos.(Fonte: https://www.google.com.br/search?q=Napoleon+Hill. Acesso online em: 21 de julho de 2018)
[4] Livro de Napoleon Hill publicado em 1928. A obra foi fruto de duas décadas de pesquisas, nas quais o autor ouviu mais de 16 mil pessoas, entre elas os 500 milionários mais importantes da época. Pesquisou a vida de grandes inventores e pioneiros, como Thomas Edison, Graham Bell, Henry Ford, Roosevelt, George Eastman e Rockefeller. O resultado foi A lei do triunfo: 16 lições práticas para o sucesso, que ensinou, pela primeira vez na história do mundo, o verdadeiro segredo para o sucesso pessoal. (Fonte: https://www.saraiva.com.br/a-lei-do-triunfo. Acesso online em: 21 de julho de 2018)
[5] Crenças limitantes são pensamentos e interpretações que você toma para você como verdadeiros, mas que no fundo são falsas ou pelo menos não verdades absolutas, e que impedem a sua vida de se tornar melhor. (Fonte: http://www.eftbrasil.com.br/artigo/geral/o-que-sao-crencas-limitantes. Acesso online em: 21 de julho de 2018).
[6] Autossabotagem, como mostra o Coach Clailton Luiz (2017), no Módulo Life Coaching do Projeto Impulsão Profissional, é atitude mental equivocada de ficar repetindo a todo tempo crenças, preconceitos e atitudes que não nos levam a lugar nenhum e impedem o nosso sucesso na vida. (Fonte: https://alunos.impulsaoprofissional.com.br/lessons/licao-06-autossabotagem/. Acesso online em: 21 de julho de 2018)